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“Já está na minha agenda de eventos 2015!”, escreveu o professor Manuel Gomes Neto no comentário do álbum de fotos da 1a Semana de Mídias, Cidadania e Educação na Cultura Digital que criamos no Facebook.

A 1a Semana, que aconteceu de 8 a 13 de novembro, não nasceu já planejando a segunda, mas talvez uma reedição seja mesmo inevitável, pois tem muita gente interessada em discutir o tema e conhecer novas práticas para aproveitar melhor tudo que a Internet e o conceito de compartilhar e cocriar podem oferecer! Idealizada pelo Instituto Educadigital em parceria com o Plug’nCoworking, a Semana foi também uma atividade prévia do #diadedoar. O #diadedoar é uma iniciativa mundial que visa mobilizar pessoas e empresas para doações – em dinheiro, bens ou horas de trabalho – para organizações da sociedade civil. As formas de doação na #semanaeducadigital foram várias:

– vagas gratuitas nas oficinas para professores da rede pública;
– cessão do espaço pela Plug’nCoworking para realização das atividades;
– horas de trabalho voluntário de todas as facilitadoras das oficinas;
– criação voluntária de logotipo, materiais gráficos e landingpage;
– estímulo à doação das pessoas que se inscreveram para participar ao vivo dos bate-papos ou acompanharam online.

Se você quiser participar com uma doação, ainda dá tempo. Acesse a página do IED no Doare, estamos com uma campanha de disseminação da educação aberta para escolas públicas: https://doare.org/organizacao/357/instituto-educadigital-ied

Reunimos aqui alguns tópicos sucintos das principais atividades:

Oficinas

Nossas atividades começaram com uma oficina básica de Design Thinking para Educadores, facilitada pela diretora-executiva do IED, Priscila Gonsales, e que reuniu educadores, profissionais do terceiro setor, jornalistas e pequenos empresários interessados em vivenciar a experiência de cocriar e exercitar a empatia, a ideação e a experimentação. Como podemos criar práticas mais motivadoras em sala de aula? Como podemos engajar a comunidade na escola? Foram alguns dos desafios!

A segunda oficina foi a de Criar e Compartilhar com Licenças CreativeCommons (CC), facilitada pela Débora Sebriam, coordenadora de projetos do IED e, pela primeira vez, com a colaboração da advogada Mariana Valente, do Internet Lab e legal lead do CC no Brasil. Dentre os participantes, organizações do terceiro setor interessadas em operar sob a perspectiva de Recursos Educacionais Abertos, como o CDI e o IDS. O Portal Ache o Curso gravou uma matéria que em breve deve ir ao ar.

Realizada também pela primeira vez em parceria com a Agência Fervo de Comunicação, a oficina de Mídias Sociais e Narrativas Digitais foi conduzida pela Priscila Cotta, sócia-fundadora da Fervo, com apoio da diretora-executiva do IED, Priscila Gonsales. Foi a oficina que teve mais presença de jornalistas e demais profissionais que atuam na área de comunicação de empresas e instituições.

Veja aqui fotos das oficinas: http://migre.me/mTedq
Veja aqui as apresentações que utilizamos: http://pt.slideshare.net/ieducadigital

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Bate-papo sobre Cobertura Política

Nosso primeiro bate-papo trouxe o tema da Cobertura Política – antes e depois das eleições e como as mídias sociais foi usada pelos eleitores para propagar informações da grande imprensa de forma a convalidar suas próprias opiniões em relação a um ou outro candidato e não como forma de disseminar informações relevantes. A agressividade foi bastante destacada pelos convidados presentes, especialmente durante o segundo turno, que chegou a ser apelidado de “flaXflu”, remetendo à notória rivalidade dos times cariocas. Aeditora-executiva do El País, Carla Jimenez, comparou com as eleições de 2010 que também havia sido bastante fervorosa mas nunca como as de 2014, cujos debates televisivos tiveram uma audiência imensa e o ódio entre as pessoas nunca ficou tão evidente, as pessoas compartilhavam posts sem checar de fato as fontes. Para Pedro Markun, do LabHacker, ativista de dados abertos na política, apesar do clima de nada amistoso, o cenário é otimista, pois as pessoas estão começando a debater mais, a participar mais. Manter o debate e a participação desse grande público durante os novos mandatos que se iniciam em 2015 foi outro tema bastante enfatizado.Fernanda Campagnucci, da Controladoria Geral do Município, lembrou que hoje qualquer pessoa pode pedirinformações sobre o que quisera qualquer órgão púvia Lei de Acesso à Informação, e é importante que exercitemos esse direito de acesso à informação para que criemos o hábito de buscar direto na fonte e não apenas absorver o que a imprensa divulga. Um dos idealizadores do Radar Parlamentar, Leonardo Leite, mostrou o aplicativo criado em software livre que obtém dados da Câmara dos Deputados referentes a propostas e votações, e distribui o resultado em gráficos que mostram o posicionamento ideológico dos partidos e sua distância em relação ao partido da situação.
Assista a íntegra do bate-papo aqui: http://migre.me/mT7Kg

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Bate-papo Jornalismo Público, Cidadão e Positivo – utopia?

“Não é novo, sempre foi assim, o que estamos fazendo é resgatar a alma do jornalismo”, disse a Amanda Rahra, da É Nóis, quando perguntada sobre como é fazer jornalismo de uma nova forma e formando jovens das periferias para atuarem como investigadores e repórteres. Amanda trouxe dois jovens jornalistas de sua equipe, HarisonKobalski e Natália Barbosa, que puderam relatar a mudança em suas vidas desde que começaram a participar do projeto anos atrás, quando participavam da Casa do Zezinhoe também mostrar projetos atuais envolvendo revistas segmentadas para jovens, fanzines, dentre outros formatos. Renato Guimarães, um dos idealizadores da iniciativa O Sujeito, que reúne projetos jornalísticos independentes dentro do site Catarse, visando o financiamento coletivo de temas que normalmente ficam fora da mídia tradicional, contou que a ideia surgiu com as demissões em massa de muitos jornalistas da grande imprensa que, de repente, se viram com a oportunidade de poder criar sua própria história, sua grande reportagem e buscar financiamento independente para isso. Renato enfatizou que as narrativas hoje são construídas pelo usuário que assiste uma transmissão contínua, como no caso do Mídia Ninja, por exemplo, ou qualquer outra forma de selecionar o que se quer ver.
Assista a íntegra do bate-papo: http://migre.me/mT8x0

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Bate-papo Mobilização para Causas e Doações no Brasil

Nessa conversa, cinco representantes de iniciativas e projetos que envolvem mobilização de pessoas por meio digital puderam apresentar os benefícios e desafios cotidianos de buscar as mais variadas formas de apoio, desde aliados para causas, suporte financeiro, até abaixo-assinados para melhorar alguma situação da sociedade. O #diadedoar foi um dos destaques, já que é uma ação mundial que visa disseminar a cultura de doação entre pessoas, instituições e empresas. Rafael Maretti lembrou que no Brasil doar ainda é visto muito por aqui como “esmola” e não como o “abraçar de uma causa”. Marcado para o dia 2/12, é possível ver as sugestões sobre como participar diretamente no site www.diadedoar.org.br.
A existência da Internet e a cultura digital foram fundamentais para o surgimento de todos os projetos apresentados pelos convidados, a Liane Lira, do Minha Sampa, que busca incentivar a participação política das pessoas em suas cidades; a Beatriz Bouskela, do Catarse, primeiro site de financiamento coletivo do Brasil, que já movimenta uma rede de mais de 15 mil apoiadores; a Raquel Rosemberg, do Engajamundo que incentiva e mobiliza jovens para participar ativamente das grandes conferências globais em prol do meio ambiente; e a Graziela Tanaka, da Change.org, um site de petições online. Todas citaram o quanto a cultura digital foi e tem sido fundamental para a existência dos projetos, já que possibilita falar com pessoas, independentemente de limitações de tempo e de espaço:
http://www.diadedoar.org.br/ (#‎diadedoar‬‬ em 2/12)
http://juntos.com.vc/projetos/engajamundo/ (apoie jovens que participam de conferências internacionais sobre mudanças climáticas)
http://www.minhasampa.org.br/ (mobilização de pessoas para melhorar cidades)
http://catarse.me/pt/projects (apoie ou crie seu projeto para mudar o mundo)
https://www.change.org/ (participe ou crie sua petição online em prol de uma causa)
Assista a íntegra do bate-papo: http://migre.me/mTa6h

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Bate-papo sobre Startups, espaços makers e empreendedorismo digital – ontem e hoje

O bate-papo que fechou a Semana contou com a presença da Geórgia Nicolau, representando a secretaria de economia criativa do Ministério da Cultura (Minc), que aproveitou para contar que o foco da política pública na perspectiva do Minc, que entende o empreendedorismo como um bem simbólico, intangível, que tem em seu DNA a diversidade no modo de produzir e na entrega para a sociedade. E ressaltou que existem muitas dificuldades para quem trabalha nessa área e a busca pela autonomia, sem depender tanto de editais como fontes de financiamento é grande meta do planejamento das políticas do Minc. Participou ainda como convidado o Alex Fuzinaga, empreendedor do Portal Ache o Curso, que trouxe um pouco das dificuldades iniciais de todo pequeno negócio, por mais inovadora que seja a ideia e que isso precisa ser bastante ponderado. Gabi Augustini, uma das organizadoras das duas edições do Fórum da Cultura Digital e atualmente empreendedora do espaço makerOlabi e do Templo Coworking, ressaltou a importância de pensar o digital menos como plataforma mas como comportamento, como processo de compartilhar. A conversa contou também com a Vanessa Tonini, do MariaLabHackerspace, uma iniciativa em formato de coletivo – não formalizado com CNPJ – de reunir mulheres programadoras e também levar a formação em programação para meninas e mulheres.
Assista a íntegra do bate-papo aqui: http://migre.me/mTbGq. Leia matérias que saíram sobre a Semana na mídia.20141113_195811

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